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Resumo do curta-metragem Ilha das Flores

  • Foto do escritor: John Lennon Correia
    John Lennon Correia
  • 7 de set. de 2015
  • 2 min de leitura


Ilha das Flores é um filme de curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. O filme foi realizado com o apoio de Kodak do Brasil, Curt-Alex Laboratórios e Álamo Estúdios de Som.

Com uma linguagem quase científica, o curta mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. O próprio roteirista/diretor, Jorge Furtado já afirmou em entrevista que o texto do filme é inspirado em suas leituras.

O filme conta a história de um japonês, o Sr. Suzuki, plantador de tomates na região de Porto Alegre. Dona Anete, vendedora de perfumes, que percorre a cidade em busca de consumidores para suas mercadorias. Como consequência, surge o lucro. Com o lucro, Dona Anete vai a um supermercado de Porto Alegre e compra tomates e carne de porco.

Os tomates e a carne de porco são ingredientes na refeição preparada por Dona Anete para sua família. Entre os tomates comprados havia um considerado impróprio para o consumo que foi atirado no lixo. Tal lixo foi recolhido e enviado para aterros sanitários. O que é lixo orgânico é separado e utilizado como alimento para os porcos de um dos moradores do lixão. Esse lixão, ironicamente, é denominado de "Ilha das Flores". O problema é que, depois da coleta seletiva, que indicou o que poderia ser aproveitado pelos suínos, outros seres humanos passam a disputar as sobras que ao lixão pertencia.

No documentário, muitas informações foram apresentadas através de uma linguagem científica com a intenção de “igualar” o ser humano por meio de descrições que denotam a raça humana. Em contrapartida, mostra o desigual tratamento dado aos “iguais” seres humanos, colocando-os inferiores aos porcos. O filme já foi acusado de "materialista" por ter, em uma de suas cartelas iniciais, a inscrição "Deus não existe". No entanto, o crítico Jean-Claude Bernardet definiu Ilha das Flores como "um filme religioso" e a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu ao filme o Prêmio Margarida de Prata, como o "melhor filme brasileiro do ano" em 1990. Em 1995, Ilha das Flores foi eleito pela crítica europeia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século.

Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque seus problemas de ordem sociais, econômicas e culturais, na medida em que contrasta a força do apelo consumista, os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço da liberdade do homem, enquanto um ser individual e responsável pela própria sobrevivência. Através da demonstração do consumo e desperdício diários de materiais (lixo), o autor aborda toda a questão da evolução social de indivíduo, em todos os sentidos. Ficam evidentes ainda todos os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação opressão e oprimido é alimentada pela falsa ideia de liberdade de uns, em contraposição à sobrevivência monitorada de outros


 
 
 

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